quinta-feira, julho 26, 2007

Eu pensei em várias novidades, mas esqueci a maior parte delas. Vou aos poucos, então, para ver se dá certo. Devagar e sempre, como diria Jack ao estripar suas vítimas cuidadosamente...

Tema 01 (quando Jack despe e limpa a vítima para que os cortes sejam precisos)
Pedro de volta, os catataus (dos quais eu sou membro honorário) reunidos, faltando somente a presença de ME, o nobre holandês em Pernambuco.
Todos na Devassa, conversando. Pedro contando histórias brasilienses, acompanhado de meu fiel escudeiro, também portador de histórias brasilienses.
Deve ser terrível morar em um lugar onde você é assaltado em plena luz do dia e tem que correr pra não perder - além da camera fotográfica - também a carteira...

Tema 02 (quando Jack verifica o instrumental)
Em breve, abrirei meu consultório para conselhos sentimentais. Porque vocês sabem, eu com esta bagagem de vida impressionante tenho muito pra ajudar os sofredores. E mesmo que não tenha, eles me procuram mesmo assim! Pelo menos vamos ganhar algo com isso!
Calma, eu quis dizer a fama... Sou uma boa amiga, meus ouvidos saem de graça. =)

Tema 03 (quando Jack inicia o corte do tórax até o abdome, expondo o externo e as costelas)
Oras! Depois de um jejum de não sei quantos jogos, o Flamengo acha que pode respirar aliviado??? Só porque achou um saco plástico com um restinho de ar perdido a 20 mil léguas de profundidade??? Façam-me o favor. Só falta agora querer dizer que é o melhor time do país.
Peraí. Disseram!
(Eu sou flamenguista, não sou imbecil.)

Tema 04 (quando Jack afasta as costelas e o esterno para acessar pulmões e coração)
Este trabalho desgastante, cansativo e maravilhoso!
E pensar que eu não me imaginava capaz dele.
Banca de prova? Qual? Pra quê?

Tema 05 (quando Jack descobre que só consegue estripar pessoas porque seu carisma é maior que seu total desconhecimento de anatomia humana)
Vou parar com essas analogias mórbidas. Nãoe screvi nem 05 linhas sobre Jack e o pobre João já deve estar vomitando...

Tema 06 (quando Jack descobre que a vítima ainda estava viva)
- Meu filho, você tá onde?
- Vim com uma amiga pegar o computador dela pra ela não vir sozinha.
- Tá, e quem vai tomar conta de você?
- Ué, e precisa?
- Precisa!
- Tá, fala aqui com ela.
(passa o telefone pra menina)
- Oi!
- Oi! Você tá com a minha criança? Tá tomando conta dele?
- Tô.
- Vocês vão demorar?
- Não, já estamos indo.
- Tá bom. Toma conta do meu bebê, hein!
- Pode deixar...
(desliga o telefone)
- Ahhhhh bebêeee!!!!!

segunda-feira, julho 23, 2007

Não adianta.
Definitivamente, algumas coisas nunca mudam. Algumas pessoas também não. Outras (coisas e pessoas) insistem sempre nos mesmos erros, nas mesmas atitudes. Tudo bem, é um direito que elas têm. E um direito que eu tenho também de ignorar, me irritar e apagá-las de vez do meu campo de visão. A partir de hoje, eu só visito pessoas (e coisas) que me fizerem a gentileza de também serem gentis comigo. Ameaça velada ainda é ameaça, reclamação escondida ainda é reclamação, dor utilizada como arma ainda machuca (nos dois).

Enfim, bota-dentro do Pedro chegando, isso quer dizer que eu lerei "Ulisses" (na versão aclamada de Bernardina qualquer coisa). Depois que acabar de ler o livro sobre redes e protocolos (Sarita tá virando nerd! ah essas influências negativas... rs).

Mas eu um dia ainda descubro porque no final sempre tenho que pedir a um amigo pra consertar o computador. E porque quase nunca dá certo. Vou tentar formalizar esta relação com um instrumento contratual, com previsão de garantia e substituição de peças ou refazimento do trabalho. Tá na minuta contratual padrão, versão de julho de 2007. Por que eu não adotaria? rs

E o Flamengo, hein? Sem comentários...

quarta-feira, julho 18, 2007

Como diria Jack (o estripador), vamos por partes.

Doação de sangue no EDISE.
Cadastro-me, como pessoa solidária (e com bom peso, sem doenças contagiosas, alimentada e saudável) que sou. Agendo para 11h30.

Uma fila descomunal.
Responde pergunta, preeche questionário, bebe água, bebe suco ("os dois, por favor"), entra na fila, encontra advogado, conversa, volta pra fila, reconhece engenheiro ("será mesmo?"), mede pressão, volta pra fila, vai no banheiro, fala com engenheiro ("e não é que é ele?"), fura dedo, pega papel, volta pra fila, deita na cadeira, estende o bracinho ("você já doou sangue alguma vez?"), olha a agulha beeeeem de perto. Pausa. A agulha. Enorme. Grossa. Dura. Pontiaguda. Ela entra no braço devagarinho, rompendo e afastando células, até perfurar a artéria (ou veia, sei lá). O braço todo arde e eu acompanho cada milésimo de segundo de ardência com uma sensação estranhamente agradável, que aumenta com a iminência de mexer a agulha e rasgar musculatura, veia, artéria, tudo. "Agora fica abrindo e fechando a mão". Fim da pausa. Abre mão, fecha mão, conversa, ri... etc etc etc.

Vale-lanche recebido, ingresso promocional para o Pan recebido, esparadrapo gigante colado no braço com uma gaze inteira dobrada sob ele.

Subo para minha baia exibindo a bolsa cheia de biscoitos, balas e coisinhas gostosas (e doces) e os dois ingressos. Que eu nem sabia que ia receber.

Porque ajudar faz bem! =D

* * *

Doação deste sangue negro e viscoso. A cada três meses. No posto mais perto de você. E sem efeitos colaterais - deve ser culpa do GLP... rs

quinta-feira, julho 12, 2007

Mercadores de segredos

Existem muitos por aí. Pessoas que contam os seus próprios e pedem outro em troca. Como se segredo exigisse reciprocidade.
Eu cansei de contar segredos meus pros meus amigos. E raríssimas vezes eles me retribuíam com um segredo.
Morri por causa disso? Não. Me senti menos confiável? Talvez. Exigi reparações, confiança extrema e absoluta, confissões assinadas? Não que eu me lembre.

Porque tem coisas que você não conta pra ninguém, nem pra si mesmo. Contar um segredo é torná-lo real, palpável e oponível "erga omnes". Contar um segredo é atestar fisicamente sua existência. Contar um segredo é assumir pra si mesmo que aquele pensamento existe, que aquele fato aconteceu. Contar um segredo é criar um ser com vida própria e independente, que poderá voltar-se contra você.

E aí, meus caros, nada mais poderá ser feito.

Mercadores de segredo não confiam no interlocutor. Não confiam em seus próprios segredos. E não confiam em si mesmos. Por isso precisam de algo em troca. Algo que impeça-os de revelar o que sabem, algo que impeça a outra pessoa de revelar o que sabe, algo que possam usar como moeda de barganha futuramente. "Se você contar o meu, eu conto o seu..."

quarta-feira, julho 11, 2007

Então estou eu no meu blog, tranquilamente lendo os comentários aos meus post, quando me deparo com alguém desconhecido. Tudo bem, desconhecidos podem ler meu blog e publicar comentários.
O tal desconhecido tem um blog sobre o Fla***** (ainda sujeita à restrição de tema, não posso colocar o nome todo), onde vários seres (humanos ou não, ainda não descobri) postam.

Visito o blog, leio posts antigos, passo uma tarde divertidíssima acompanhando tristeza compartilhada por rubro-negros fanáticos, apaixonados ou simplesmente simpatizantes (se bem que eu acho não poder alguém apenas "simpatizar" com o Fla*****; seria o mesmo que o coração bater pela metade: ou ele bate, ou não bate!).

Leio o perfil dos participantes. Engenheiros. De petróleo.
A ligação é imediata. Será? Não é possível, seria coincidência demais!
Procuro. Sim, é verdade.

Porque não é só nas minhas veias que corre sangue rubro-negro. E a PetroFla vai bombar, ao que parece...

* * *

Nota de rodapé: o que leva alguém a ter cara de pau suficiente para tirar a foto corporativa, do crachá, com uma camisa do Mengão?

terça-feira, julho 10, 2007

Só para rubro-negros e/ou amantes de futebol em geral. Perdoem-me aqueles que dizem que meu blog só tem Petrobras e futebol. Em minhas veias aparentemente corre sangue viscoso, sim, mas rubro-negro, não apenas negro.

* * *

Ney Franco - explorando os limites da paciência humana

Deve ser dura, muito dura, a vida dos cada vez mais raros defensores do polêmico técnico ipatinguense do Flamengo. Mesmo pros mais teimosos fãs do enigmático retranqueiro já não está sendo possível manter a antiga pose. Pois ninguém agüenta mais escutar os únicos argumentos dessa turma às críticas pela pífia campanha que o Flamengo vem fazendo no Brasileiro: a Copa do Brasil 2006 (cujos créditos devem ser divididos com Waldemar), a Taça Guanabara e o Carioca de 2007.

Não há motivo para se diminuir o mérito de tais conquistas, mas, cá entre nós, há que se relevar que um desses títulos foi conquistado sobre o nosso cliente preferencial, o eterno vice, uma equipe incapaz de nos tirar títulos, outro sobre o simpático tricolor suburbano, o inofensivo Madureira e outro sobre o não tão simpático alvinegro, a versão século XXI do Ameriquinha, time médio que nada, nada e morre na praia. Em última análise, vencer esses adversários é quase que uma obrigação estatutária no Flamengo, não servindo portanto de salvo-conduto para justificar as perigosas experiências de miniaturização do colosso Flamengo que o estrategista mineiro vem promovendo à revelia da herança genética do clube.

Os resultados obtidos até agora por esse Flamengo-nano que Ney Franco quer nos empurrar goela abaixo no Brasileiro já deveriam ser suficientes para que se desistisse definitivamente dessa experiência desumana que vem torturando impiedosamente milhões de pessoas dia a dia. Mas, sabe-se lá por que, Nei Franco continua a fazer o papel de um Dr. Mengele caboclo que tenta exterminar algumas das mais caras tradições rubro-negras, como a busca incansável pelo gol e a incapacidade de jogar fechadinho esperando uma chance de contra-ataque.

Ney Franco já extrapolou os limites da paciência porque seu mineirismo, sua impassividade diante dos abismos dão a impressão que não sabe o que é o Flamengo, que não o compreende em toda a sua grandeza e complexidade cósmica. Será que ele não entendeu que o Flamengo é uma superpotência e que não cabe e nem jamais caberá nesses esquemas vietcongues de guerrilha? O Flamengo é muito grande para armar emboscadas, a história nos prova que sempre triunfamos pela força e pela coragem.

Ney Franco parece ser tão matreiro e perspicaz, porque em um ano de trabalho ele ainda não consegue entender o Flamengo? E entender o Flamengo é tão simples. Não é preciso ser um iniciado em rituais secretos ou desvendar conhecimentos arcanos. O Flamengo é simples porque aos simples pertence e deles se constitui a maior parte de sua massa. Basta estar atento aos sinais.

Ney Franco, a torcida já deixou bem claro que quer o seu (dela) Flamengo de volta. O Flamengo que pode até não vencer, mas que luta até o último segundo. Ney faça o dever de casa, ouça o Hino do Flamengo todos os dias antes de sair para o serviço. Os sinais são muito evidentes e não há motivo para serem mal interpretados. A torcida quer de volta o Flamengo que vibra, o Flamengo que é fibra. Ney será que para você é tão difícil assim entender o significado da frase Vencer, vencer, vencer?

Até os mais robotizados dos stormtroopers das brigadas Neyzistas já começam dar sinais de que perceberam o inconfundível aroma da mussarela derretida tomando conta do ambiente. Fica cada dia mais claro que quem critica a espúria ipatinguização do Flamengo está preocupado com o futuro da Nação Rubro-Negra e não comparando coleções de figurinhas. Portanto vamos esquecer a CB, a TG e o Carioca e olhar para frente.

A discussão tem que ser qualificada sob o risco de se tornar apenas mais uma campanha pela substituição de um técnico por outro. Essas quarteladas no Flamengo costumam ter resultados desastrosos. O protocolo do futebol brasileiro é implacável: técnico que perder 3 partidas seguidas vai pro ovo. Ney Franco já empatou 5, ou seja, já perdeu 10 pontos, um a mais do que 3 derrotas provocariam. Podemos até não concordar administrativamente, mas tradição é tradição. Tem que respeitar. Se empatar mais duas não precisa nem esperar pelas 3 derrotas. Do jeito que tá é que não pode ficar.

Mengão Sempre

quarta-feira, julho 04, 2007


Só pra quem não conhece João, pequeno João, Joãozinho, meu irmão camarada.

Dados da criança (que aparece na foto):
- flamenguista
- tem uma guitarra sem nome (tsc tsc tsc)
- estuda Análise de Sistemas Informatizados (ufa..) na FAETEC
- gosta de anime e mangá
- é nerd (mas isso deduz-se a partir das informações acima)
- é parecido comigo, mesmo não tendo os mesmos pais que eu
- faz estágio no mesmo lugar em que eu trabalho

terça-feira, julho 03, 2007

Não sei ao certo o que eu fiz nos últimos 24 anos. Sei que entre coisas boas e ruins, tá difícil fazer o balanço, mas acho que no final o saldo é positivo.

Tive um sonho nada agradável essa noite. Sonhos nada agradáveis. Sonhos que foram do "incômodo" ao "muito ruim", sendo que o "muito ruim" eu ainda não consegui lembrar.

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Eu costumava reclamar de quem comentava meus posts sem se identificar. Cheguei a moderar os comentários (o que causou revolta nos meus amigos) e, finalmente, a apagar o blog (o que me fez perder posts preciosos, comentários idem e o endereço no blogger).

Ultimamente adotei a filosofia do cavalo em parada de 07 de setembro... E ando mais relaxada assim.
Afinal, sempre resta como opção conectar, abrir um navegador, logar no blogger e excluir o comentário infeliz. =)

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Benditos sejam os programadores. João, eu te invejo e te saúdo.

segunda-feira, julho 02, 2007

E a pedra?

São muitas as opções no meio do caminho:

- você pode pular a pedra e ignorá-la
- você pode sorrir para a pedra, fazer carinho nela, distrai-la e dinamitá-la na primeira oportunidade
- você pode dar a volta na pedra, utilizando mais alguns passos e evitando cruzar com a pedra
- você pode culpar a pedra pelo que der errado e com isso esquecer de ver seus próprios defeitos
- você pode parar no meio do caminho e ficar olhando para a pedra, vendo todos os detalhes dela, esquecendo que o seu objetivo era chegar ao final do caminho
- você pode virar à esquerda ou à direita na pedra e mudar o seu caminho, o que pode ser bom ou ruim
- você pode chamar a pedra pra te acompanhar ou sugerir que ela pare de atrapalhar o seu caminho e crie um caminho pra ela própria

Você pode fazer várias coisas diferentes.
A pior de todas é perceber a existência da pedra no meio do seu caminho e ficar em dúvida quanto ao que fazer ou com medo do que a pedra possa te causar. A pedra está parada! Qualquer coisa que ela fizer vai ser, na verdade, reflexo de algo que você mesmo fez. Então, reaja! E por favor, a pedra não te olha com tristeza. A pedra reflete o seu próprio olhar.

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Repetindo um post antiiigo...