terça-feira, julho 10, 2007

Só para rubro-negros e/ou amantes de futebol em geral. Perdoem-me aqueles que dizem que meu blog só tem Petrobras e futebol. Em minhas veias aparentemente corre sangue viscoso, sim, mas rubro-negro, não apenas negro.

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Ney Franco - explorando os limites da paciência humana

Deve ser dura, muito dura, a vida dos cada vez mais raros defensores do polêmico técnico ipatinguense do Flamengo. Mesmo pros mais teimosos fãs do enigmático retranqueiro já não está sendo possível manter a antiga pose. Pois ninguém agüenta mais escutar os únicos argumentos dessa turma às críticas pela pífia campanha que o Flamengo vem fazendo no Brasileiro: a Copa do Brasil 2006 (cujos créditos devem ser divididos com Waldemar), a Taça Guanabara e o Carioca de 2007.

Não há motivo para se diminuir o mérito de tais conquistas, mas, cá entre nós, há que se relevar que um desses títulos foi conquistado sobre o nosso cliente preferencial, o eterno vice, uma equipe incapaz de nos tirar títulos, outro sobre o simpático tricolor suburbano, o inofensivo Madureira e outro sobre o não tão simpático alvinegro, a versão século XXI do Ameriquinha, time médio que nada, nada e morre na praia. Em última análise, vencer esses adversários é quase que uma obrigação estatutária no Flamengo, não servindo portanto de salvo-conduto para justificar as perigosas experiências de miniaturização do colosso Flamengo que o estrategista mineiro vem promovendo à revelia da herança genética do clube.

Os resultados obtidos até agora por esse Flamengo-nano que Ney Franco quer nos empurrar goela abaixo no Brasileiro já deveriam ser suficientes para que se desistisse definitivamente dessa experiência desumana que vem torturando impiedosamente milhões de pessoas dia a dia. Mas, sabe-se lá por que, Nei Franco continua a fazer o papel de um Dr. Mengele caboclo que tenta exterminar algumas das mais caras tradições rubro-negras, como a busca incansável pelo gol e a incapacidade de jogar fechadinho esperando uma chance de contra-ataque.

Ney Franco já extrapolou os limites da paciência porque seu mineirismo, sua impassividade diante dos abismos dão a impressão que não sabe o que é o Flamengo, que não o compreende em toda a sua grandeza e complexidade cósmica. Será que ele não entendeu que o Flamengo é uma superpotência e que não cabe e nem jamais caberá nesses esquemas vietcongues de guerrilha? O Flamengo é muito grande para armar emboscadas, a história nos prova que sempre triunfamos pela força e pela coragem.

Ney Franco parece ser tão matreiro e perspicaz, porque em um ano de trabalho ele ainda não consegue entender o Flamengo? E entender o Flamengo é tão simples. Não é preciso ser um iniciado em rituais secretos ou desvendar conhecimentos arcanos. O Flamengo é simples porque aos simples pertence e deles se constitui a maior parte de sua massa. Basta estar atento aos sinais.

Ney Franco, a torcida já deixou bem claro que quer o seu (dela) Flamengo de volta. O Flamengo que pode até não vencer, mas que luta até o último segundo. Ney faça o dever de casa, ouça o Hino do Flamengo todos os dias antes de sair para o serviço. Os sinais são muito evidentes e não há motivo para serem mal interpretados. A torcida quer de volta o Flamengo que vibra, o Flamengo que é fibra. Ney será que para você é tão difícil assim entender o significado da frase Vencer, vencer, vencer?

Até os mais robotizados dos stormtroopers das brigadas Neyzistas já começam dar sinais de que perceberam o inconfundível aroma da mussarela derretida tomando conta do ambiente. Fica cada dia mais claro que quem critica a espúria ipatinguização do Flamengo está preocupado com o futuro da Nação Rubro-Negra e não comparando coleções de figurinhas. Portanto vamos esquecer a CB, a TG e o Carioca e olhar para frente.

A discussão tem que ser qualificada sob o risco de se tornar apenas mais uma campanha pela substituição de um técnico por outro. Essas quarteladas no Flamengo costumam ter resultados desastrosos. O protocolo do futebol brasileiro é implacável: técnico que perder 3 partidas seguidas vai pro ovo. Ney Franco já empatou 5, ou seja, já perdeu 10 pontos, um a mais do que 3 derrotas provocariam. Podemos até não concordar administrativamente, mas tradição é tradição. Tem que respeitar. Se empatar mais duas não precisa nem esperar pelas 3 derrotas. Do jeito que tá é que não pode ficar.

Mengão Sempre

5 comentários:

Anônimo disse...

Até quando vamos aguentar este ser afundando o nosso clube.
Confesso que quando chegou eu fui um dos que mais festa vez, entretanto, percebi que Ney Franco é no máximo de técnico de xadrez e não de futebol.
Falta a ele se lembrar de que uma partida é ganha sim com esquemas e alterações, mas que também é ganha com raça, com emoção, com amor.
Amor que demonstramos mais de uma vez este ano, acreditando neste time que ele não percebe que está afundando.

--"Nas minhas veia também corre sangue."--

Anônimo disse...

Você acredita que, por tudo isso, até agora eu não sei o resultado do jogo do Flamengo com o São Paulo no sábado?
Acho que não procurei saber por medo de ver o resultado...

Anônimo disse...

Foi empate, eu acho.

Anônimo disse...

framengo e São Paulo empataram em zero a zero.

E aquilo lá é foto que se apresente? Lamentável.

Anônimo disse...

Que foto? Qual foto? Onde?