sexta-feira, junho 22, 2007

Airplane

Até que a experiência de fazer uma ponte-aérea Rio-São Paulo, sendo a primeira vez na vida que embarco num avião, Foi muito boa. O nervosismo sempre aparece num primeiro momento..atenção irrestrita aos conselhos da aeromoça e comissários de bordo...A aceleração inicial do avião e, por fim, a decolagem. Aí tudo se estabiliza..parece até que era veterana no assunto. Lanche econômico ( Não tão econômico quanto a Gol e suas barras de cereais). Chegada bem rápida. Muito Legal

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http://esporte.uol.com.br/futebol/ultimas/2007/06/21/ult59u123844.jhtm

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Falta de poesia... Sarita não escreveria jamais desse jeito sobre seu primeiro vôo, ME...

Provavelmente eu começaria falando sobre tudo que aconteceu antes. Mais ou menos assim...

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O dia começou meio estranho. Nunca vi ninguém arrumar mala e levar mala no ônibus, de salto alto, para o trabalho. Mas como eu nunca viajei mesmo, eu não sabia bem como agir (os do's e dont's da aviação civil).
Então eu chego no trabalho e descubro que, viajando na véspera da conferência que eu assistiria, eu poderia aproveitar a noite para.... trabalhar.
Recebo, para tal, um notebook... Compaq... Armada. Para quem conhece, um chumbo mais lento do que o meu pc antes de mudar hd, memória, placa mãe.
E nada de placa Vivowap, porque afinal de contas eu só solicitei no último dia, e cavalo dado não se olha os dentes. Assim, na melhor das hipóteses o hotel teria banda larga de cortesia ou.... eu usaria a discada... e pagaria por ela, com direito a reembolso sabe Deus quando.
Recebo, também, o token para acessar a rede (para quem não sabe, é um dispositivo com uma numeração à qual está associado o login do usuário.. a numeração muda a cada minuto. Recebo e assino uma "cautela", no estilo "se acontecer alguma coisa na rede Pet enquanto você tem esse token, se for pelo uso desse token, a culpa é sua". Dou de ombros, afinal nada acontece aqui mesmo, por que aconteceria agora?

O dia passa, as horas passam, as pessoas me perguntam como eu estou, quando eu vou. E só as 5h da tarde cai a ficha. "Peraí. Eu vou sair daqui 6h, pra pegar o vôo as 7h40. Eu vou viajar de avião. Eu. Sozinha. De avião. Pra São Paulo. Sozinha. Em São Paulo. De avião."

Chegamos no aeroporto eu, minha mala, minha outra mala (entenda-se notebook), Cristiano (malinha adorável de minha vida) e toda a tensão acumulada ao longo de 24 anos de vida sem avião e sem viagem solitária (sim, eu sei que o avião não estava vazio...). Descubro que tem um vôo as 6h50. É esse mesmo. Passo pelo detector de metal. Passamos, na verdade, eu, minha mala, a mala do notebook, a mala que é o notebook e os 30ml de perfume Lancôme que eu levo na bolsa, morrendo de medo de vê-los confiscados como os franceses fazem.

Ajeito-me na poltrona, o celular toca (sim, celular pode ficar ligado enquanto as portas estão abertas). ME. O mais legal do telefonema: "Olha só, deixa eu explicar. O avião vai taxear, o piloto vai parar e vai acelerar ao máximo. Nessa hora, o avião todo vai tremer. Não se preocupe, é assim mesmo, tá? Depois ele vai andar e vai decolar."
Foi exatamente o que aconteceu. Obviamente, porque eu desliguei o celular.

A parte mais legal: a decolagem. Sentir a força G, sentir o avião alinhar-se de novo para entrar em rota de cruzeiro e ter a sensação de que, ao abaixar o bico, ele vai despencar-se lá do alto. Sim, isso É bom.

Comidinha de bordo, arroz de carreteiro amostra grátis, matte e mousse de cupuaçu de sobremesa. Com as cortesias da Varig (a estrela brasileira no céu azul, iluminando de norte a sul).

Pouso em SP (a terra da garoa nada.. fiquei lá quase 03 dias e não choveu!), procura do hotel, check-in. O notebook não conecta.
Horas ao telefone com Claupper (grande Clauppinho, meu salvador, cavaleiro de bronze), que falou com Michel (grande Michel, o salvador do meu salvador, logo meu salvador também, cavaleiro de prata), e ambos resolvem meu problema.
Eu, aprendiz, não iria me atrever a estragar o notebook de última geração (do século passado) da Pet...

Tento acessar a rede com o token. Lembram a propaganda da IBM? Pois é. O token não imprimiu. O dia amanhece, eu vou para a conferência. Tento acessar a rede com o token. Novamente. Novamente Claupper, novamente Michel.

Michel manda arquivo. Nada. Michel remanda arquivo. Nada. Arquivo não chega. Sarita se estressa. Michel fala "mantenha a calma, se você ficar nervosa vai ser pior. a gente vai resolver". Sarita se estressa. Michel manda arquivo de novo. Arquivo chega. Sarita instala.

O token não funciona.
Sarita liga pro auxílio-token (hahaha), o token funciona. 18h de 4a feira. Eu volto na 5a. Tenho a noite de 4a feira, apenas, para tentar fazer algo. Chego no hotel, conecto, entro na rede (usando o token), o notebook Compaq Armada (aquele que ninguém tem mais) resolve não carregar várias janelas ao mesmo tempo (afinal, ele é um senhor de idade, não processa muitas informações simultâneas... desculpa, né?).

Escrevo 3 parágrafos e desisto.

No dia seguinte, conferência e fuga em bando para o aeroporto às 4h da tarde. Consigo vaga no vôo de 18h45. Eu e mais 3 colegas de trabalho (que aliás são absurdamente legais, e eu não sabia o quanto). Vôo de volta tranquilo. Comidinha de bordo gostosa...

Até ouvir minha alma cantar, "olha o Rio de Janeiro!" diziam meus olhos e meu sorriso gigantesco (maior que o seu, João).
E pouso no Santos Dummont às 8h10. Ver a água brilhando e a pista chegando foi a parte mais emocionante da viagem inteira. Estar no avião enquanto ele fazia a curva, sentir o impacto com o solo carioca depois de ter quase certeza que ele pousaria na água da baía... E isso porque eu fiquei 2 dias fora. Imagina se eu tivesse ido pra Nigéria...

Definitivamente, em minhas veias corre sangue negro e viscoso. Ao menos por enquanto...

* * *

Isso sim é Sarita escrevendo. =)

terça-feira, junho 19, 2007

[Postagem de número 123]

Ônibus. 6h40 da manhã.

(Passageira, uma senhora de cerca de 45 anos, para o motorista) Esse ônibus passa no piranhão?
(Motorista) Onde?
(A senhora, praticamente gritando) No piranhão.
(Motorista, para o trocador) Você sabe se passa no piranhão?
(Trocador) Piranhão? Não sei... onde é isso?
(A senhora, ainda do lado de fora do ônibus) É ali no centro, depois daquele viaduto...
(Eu) Passa sim.
(Trocador, para a senhora) A moça aqui disse que passa.
(Eu para o trocador, enquanto a senhora rodava a roleta) É a prefeitura...
(Trocador e motorista, ao mesmo tempo) Ahhh...
(A senhora, muito sem graça, praticamente se desculpando por ter dito uma palavra muito feia) É que chamam ali de piranhão..
(Eu, sorrindo e concordando) É, eu sei...

O mais legal mesmo foi ver o rosto dela pedindo desculpas... rs

terça-feira, junho 12, 2007

Hoje foi o dia da loucura telefônica.
Comecemos então.


1) Brigando com o telefone

- Jurídico.
- Oi, meu amor. Parabéns!
- Ué, parabéns por quê? Ahhhhh é mesmo!
- Caramba... eita cabecinha...
- Ah mas eu não esqueci que hoje é dia dos namorados.. eu esqueci que hoje é dia 12! Se eu lembrasse que era dia 12, saberia que é dia dos namorados.
- Hum.. tudo bem?
- Tudo, e você?
- Tudo bem. Tá ocupada?
- Mais ou menos. E você?
- Eu tô sjhgaroufhqhnfwn fclwfr porque iqgeijuweghfiuqfwc.
- Ahn??
- uqhwuerfhorwfhowifc
- Cris... eu não tô te ouvindo...
- Eu oiqhrjoifhjrpf celular.
- Tá. Beijo.


2) Saritas

- Jurídico.
- Por favor, posso falar com a Sarita? (com um forte sotaque espanhol)
- É ela.
- Sarita, é a Patrícia, não sei se você lembra de mim, eu vendo pulseiras, colares, brincos...
- Olha, eu acho que você está falando com a Sarita errada, porque não sou eu...
- Ai, meu Deus.. tudo bem, desculpa.

(20min depois)

- Jurídico.
- Sarita?
- É ela.
- Oi, desculpa, sou eu de novo. Tem certeza que não é você que comprava os brincos e colares comigo? (o mesmo sotaque espanhol)
- Tenho. Olha só, eu posso ver o telefone da outra Sarita e te dizer.
- Ah obrigada.
(A ligação cai, ela liga de novo, eu digo o número, ela anota)
- Mas essa Sarita, ela é de Logística?
- Não, ela é de TI.
- Ah, eu vou ligar para ela. Obrigada, viu?
- Nada...


3) Crianças no telefone

- Jurídico.
- Alô, quem tá falando? (voz de criança)
- Sarita.
- Oi, você tem avó?
- Não entendi.
- Você conhece minha avó Deinha?
- Não.
- Qual é o nome da sua mãe?
- Porque você quer saber?
- Pra ver se ela conhece minha avó.
- Qual é o seu nome?
- Beatriz. Espera aí, tá? Não desliga não, hein.
(vozes ao fundo: "Vô, telefone pra você!" "Beatriz, você tá brincando com esse telefone de novo, menina? Desliga isso!" "Mas tem uma moça aqui...")
- Alô, quer falar com quem? (voz masculina)
- Eu não quero não, foi ela que me ligou...
- Ah, a senhora me desculpa... "Beatriz, você fica brincando com o telefone, menina!" A senhora pode deixar que eu vou dar um corretivo nela.
- Não tem problema não, pode deixar, não me atrapalhou...
- Ah, desculpa, tá?
- Tudo bem.. Tchau.

Ufa.

Tudo isso no mesmo dia em que eu tenho um trabalho da pós pra 5a feira, um parecer complicadíssimo, outro parecer delicadíssimo e meu chefe me mandando cada vez mais coisas porque eu sou uma advogada muito eficiente que termina tudo antes do prazo.
Conclusão: são 18h30 e eu ainda estou aqui.
Postando, porque depois desse telefonem da menina, ninguém merece...
Cansei.
E cansei de me explicar também.
Chega.

Quem entendeu, entendeu.
Quem não tiver entendido, leia de novo e tente novamente.

ctrl+alt+del serve pra isso também: abrir o gerenciador de tarefas, encerrar processos e escolher prioridades.

segunda-feira, junho 11, 2007

Retratação oficial

Não é em virtude de sentença judicial, nem é um pedido que eu estou atendendo.
Faço isso pra ficar em paz com minha consciência - não que eu esteja de mal com ela, porque afinal eu nunca falei nada de mais.

Porém..... considerando-se que eu tive 5 longos anos para falar/pensar/comentar/questionar o que eu via no ME (para os amigos ou os abusados como eu), Marcelo (seu nome oficial), MN (ou "Maurício de Nassau", em uma referência brilhantemente feita pela Michelle), acho que algumas reparações são devidas.

Esta é a retratação oficial.
Porque ele não é chato, ele não é estúpido, ele pode até tentar impor a vontade dele, mas se não conseguir ele não briga, ele é sensível, ele tem sentimentos e ele magoa. ME tem alma!!!! Sim, porque eu o achava um desalmado sem coração capaz de tirar pirulitos de crianças e fugir sorrindo. Mas ele dá carona, ele se preocupa, ele diz que vai ficar tudo bem e que saudade é normal, ele fala que se precisar ele vai e que qualquer coisa é só ligar.
O único problema é o Exército Brasileiro, que o dominou de tal maneira que agora ele fala bonito com aquela cara de militar... ("lecionar", lembra? rs)

Menino, você ainda é feio e bobo. Mas não é mais chato. E desculpa ter pensado isso tudo de você.

Agora, não acostuma não, porque retratação pública só acontece de vez em quando.
E sim, existem coisas boas a serem ditas de você. =)
Obrigada, tá? Você se faz de mau, mas não é.
Ora essa.
Eu ainda amo o Bruno e ainda quero uma camisa verde-fluorescente pra ficar qui nem qui ele.
Mesmo ele tendo feito exatamente a mesmíssima coisa de novo. Mas sim, claro, o mérito é do batedor. =P

domingo, junho 10, 2007

A pergunta que não quer calar.

Amigo é quem:

(a) está sempre do seu lado, até mesmo pra falar besteira.
(b) pode estar distante, mas aparece quando você precisa.
(c) não está do seu lado quase nunca, mas mesmo distante você sente que ele se preocupa.
(d) tem um jeito meio bizarro de mostrar que gosta, mas você sabe que ele se importa.
(e) fala as maiores atrocidades para você, mas de um jeito estranho quando você precisa ele aparece atencioso como nunca foi.
(f) sabe o que falar, o que fazer, quando falar, quando fazer, basta você ligar ou pensar nele.
(g) Todas as acima.
(h) Nenhuma das acima.
(i) Outra: ____________________

Preciso rever meus conceitos...

sábado, junho 09, 2007




"Uma única lágrima fez com que tudo murchasse, encolhesse, secasse.
E o que antes era perfeito e incomparável tornou-se triste, frio, quase insuportável.
E ele, na ânsia de fingir, disfarçar para não sofrer, sofria ainda mais. E perdia-a aos poucos."

quarta-feira, junho 06, 2007

Quem disse que o amor não pode ser bonito? Pode e é.
Até mesmo o amor entre bichinhos de pelúcia, nas Lojas Americanas da Uruguaiana, em uma 4a feira véspera de feriado, às 17h30.

Mas mesmo esse amor causa inveja... E enquanto o casal apaixonado esquece da vida, vêem-se olhares estranhos no corredor logo em frente...

sábado, junho 02, 2007

Dar solamente aquello que te sobra
nunca fue compartir, sino dar limosna, amor.
Si no lo sabes tú, te lo digo yo.
Después de la tormenta siempre llega la calma.
pero, sé que después de ti,
después de ti no hay nada.

Para qué me curaste cuando estaba herío
si hoy me dejas de nuevo con el corazón partío.

¿Quién me va a entregar sus emociones?
¿Quién me va a pedir que nunca le abandone?
¿Quién me tapará esta noche si hace frío?
¿Quién me va a curar el corazón partío?
¿Quién llenará de primaveras este enero,
y bajará la luna para que juguemos?
Dime, si tú te vas, dime cariño mío,
¿quién me va a curar el corazón partío?

(Corazón partío - Alejandro Sanz)

sexta-feira, junho 01, 2007

Eu tinha feito um post muito simpático onde eu falava sobre os pontos positivos e negativos do centro da cidade. Descobri que existem muitos mais positivos, mas como o velox não me permitiu publicar este post desconfio que seja um sinal divino para que eu me limite a contar o que houve hoje.

= = =

Sarita vai trabalhar. Calça jeans (porque hoje é "casual" e eu não tenho que ir no fórum), salto alto (porque é "casual", eu não preciso ir no fórum mas também não avacalhemos, né?) e uma blusa que estava mais curta do que deveria. Três dedos de barriga de fora, mas um decote decente, por favor. Casacão vermelho por cima de tudo, cachecol azul no pescoço, bolsa preta e cinto idem. (Não parece, mas eu estava até bonita.)

Sarita chega no trabalho. Primeiro comentário que ouve: "Ho-ho-ho!"
Sarita acena, e complementa: "Chegou Papai Noel!"

Sarita sai do trabalho às 8h30 pra procurar um posto de vacinação. Ela não se vacina porque a fila está enorme.

Ela volta para o trabalho, fica lá até tarde. Sai e passa na Uruguaiana para compra a bateria do telefone sem fio. Ouve uma camelô explicar que deve comprar uma bateria universal, poque a sua é muito antiga. "Carregue por 24h antes de usar o telefone, tá?"

Simpática camelô.

Sarita vai para a Pres. Vargar pegar o ônibus e se depara com 4 criaturas que tiveram a mesma idéia. Ela disfarça, vai para o ponto anterior e descobre que as mesmas criaturas pensaram o mesmo. Disfarça novamente para olhá-los discretamente e descobre que eles também olham-na discretamente. Medo, pavor, receio. Pensa em tudo que tem na bolsa, tudo que não pode perder e também o pendrive com sua apresentação de 2a feira. Sobe no 498 morrendo de medo e volta pra casa.

Nunca um ônibus cheio lhe pareceu tão convidativo quanto nesse dia...