sexta-feira, novembro 30, 2007

Humpf.

Olheiras profundas, pálpebras pesadas, corpo dolorido. Tudo por quê? Tudo porque meus clientes resolveram ficar criativos!

E por que não aproveitar a semana em que só a Sarita está lá para exercer toda a criatividade que ficou durante anos repousando? Por que não?

E por que não ter idéias brilhantes quando a única que irá analisá-las será aquela que, por pura estafa, não conseguiu calcular míseros 25% de um valor irrisório para responder uma questão simples sobre aditivos?

E por que, digam, por que não complicar todos os casos mais um pouquinho, com a ajuda dos fornecedores? Vamos ver Sarita desesperada! Vamos vê-la não almoçando direito, vamos vê-la trabalhando em casa até meia-noite, vamos vê-la ligando para os clientes sem conseguir falar com eles e sabendo que o prazo está passando, o tempo está passando e nada fica pronto sozinho.

Melhor ainda. Vamos ver o ar de loucura se estampar vagarosamente em seu rosto. Vamos ver seu olhar adquirir um brilho estranho e vamos ver seu sorriso soar como estilete no papel alumínio (nota: definição atribuída por guilherme, o caju. Ou seria caju, o guilherme?)...

E ao final de tudo, vamos ligar para ela e dizer que desistimos, que o caso tomou novo rumo e seu parecer não é mais necessário! Para então assistir as veias em seu pescoço saltarem, explodirem e ela ter um aneurisma de stress.

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Humpf.

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"My doctor says that I have a malformed public duty gland and a natural deficiency in moral fiber, ahd that I am therefore excused from saving Universes."

Ford Prefect - Douglas Adams' The ultimate hitchhiker´s guide to the galaxy

sexta-feira, novembro 16, 2007

A volta dos que não foram

Então eu e Cris acabamos de sair da Catedral e estamos atravessando uma das principais avenidas de Buenos Aires, indo em direção à Casa Rosada.
Dois homens atravessam a rua no outro sentido.
Um deles magro, branco, cabelos cacheados e castanhos. Sorri para nós dois. Ambos estamos com a camisa do Flamengo.

Passamos pelos homens com uma sensação estranha.Ao chegar do outro lado da rua, olhamos um para o outro, arregalamos os olhos, começamos a rir. Eu quebro a estupefação, falando:
- Cara, aquele ali não era o Kenny G??
- Era!
- Po, foi difícil reconhecer sem o saxofone!

Gargalhadas depois, passamos por este anúncio:



Ahh como eu me arrependo não ter pedido um autógrafo e tirado foto...

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Nota: ele estava exatamente igual, com a mesmíssima camisa e o mesmo cabelo; mas admito que foto de outdoor engorda o fotografado.

segunda-feira, novembro 12, 2007

Digivolvendo

Nos últimos 4 meses eu li livros de ficção-científica, ganhei um cd com e-books, comprei um palm e aprendi binário.
Tudo isso para honra e glória de todos aqueles que usam suas sinapses no aprendizado de coisas que dificilmente você vai precisar, mas que se um dia precisar será naquela situação em que sua vida dependerá disso.

Reações diversas foram suscitadas por esta mudança.

A primeira delas foi identificarem minha personalidade mutante e influenciável. A ponto de um amigo meu dizer que só em emprestaria os livros de Rubem Fonseca se (e somente se) eu queimasse o "Stardust" na frente dele.
Confesso. Pra livros, eu realmente sou influenciável. Dê-me um livro qualquer que eu nunca tenha lido e nunca imaginaria ler, convença-me a lê-lo (pode ser com uma dedicatória como presente de aniversário, né, T?) e se eu realmente gostar ele será acrescido à minha lista (na barra aqui ao lado) de livros lidos ao mesmo tempo em que o gênero começará a povoar esta mesma lista em outros títulos.
Um exemplo é o que eu acabei de falar agora. Recordemos.
Agosto de 2007. Sarita conversando sobre livros com um amigo, é questionada sobre a leitura de "Dune". Ahn? Li o quê?, ela responde. Ele sente-se ofendido quando ela fala que nunca leu ficção-científica, com um olhar de repugnância. Conclusão: de presente de aniversário, ela ganha o primeiro livro da série, em inglês, com dedicatória.
Li, gostei e ainda comprei o segundo volume.

Claro que não contente em comprar o segundo volume eu li "Fundação" do Asimov e comprei "Guia do Mochileiro das Galáxias". No presente momento, estou lendo "I robot".

Nerd? Só por causa disso? Imagina.
Tem outros motivos.

O binário veio em um outra conversa, com o mesmo amigo.
Afinal, existem 10 tipos de pessoas: as que entendem binário, e as que não entendem. Eu descobri que não entendia e resolvi mudar isso. Dois professores (um dos quais o ex-tagiário), algumas aulas e pronto, eu posso empacar pra escrever, mas encontro erros com facilidade...

O palm. Marco em minha evolução. Precisava me distratir com o notebook em um evento. Precisava de e-books. O mesmo amigo gravou um cd com 1400 livros da literatura unviersal (muitos de ficção-científica) e todos os livros de Asimov (daí o "I robot"). Surgiu a pergunta posterior: onde ler tanta coisa? A resposta foi rápida: num palm, comprado na Argentina, a US$250.

Com o palm virão muitas versões de paciência (o jogo), o teclado emprestado para anotar aulas e a otimização de minha agenda. Porque eu me recuso a usar agenda de papel tendo uma agenda eletrônica...

Aliás, T, você me deve a paciência.

Isso tudo porque eu me recuso a falar em meu mini-lado otaku...

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Para compensar, eu comprei 300 ilustrado pelo Frank Miller.
O objetivo, além de efetivamente ver o livro (acreditem, é um livro para ver), era enganar o Cris. Como? Fingindo que eu não estou me transformando em algo que ele não gosta.

Sá, só nerd compra esse tipo de hq. Pessoas normais lêem Mônica, X-Men, Homem Aranha... Eu ainda vou te achar nerd!

É, não deu...

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Thiago, é tudo culpa sua! =P
Obrigada!

(No fundo eu sempre fui assim... crianças normais não passam noites na janela do quarto olhando o céu e fazendo anotações sobre a posição das estrelas, não é?)

sexta-feira, novembro 09, 2007

Shhh!

Ai ai... esses meus amigos carentes...

Então, nesse meio tempo eu fui pra Buenos Aires, voltei, arrumei o ap, fiquei doente, fui pra Macaé, voltei e finalmente agora estou soterrada de trabalho. Lar, doce lar... Ou melhor, empresa, doce empresa...

Como diria meu grande amigo Jack, fatiando a gente tem uma visão melhor do todo...

1- Buenos Aires é uma cidade impressionante. Limpa e organizada. Mas tem argentinos lá. Argentinos que acham sinceramente que se eles falarem aquele espanhol bizarro deles todo mundo vai entender. Depois de dias de stress (nos quais o Cris serviu de intérprete), eu me revoltei e falei em inglês com o cara do free-shop. Sim, pedi informações em inglês, e o cara foi obrigado a responder, obviamente. Em inglês também. Mantive a farsa até o final, mesmo vestindo a camisa do Flamengo. =P

2- O ap tá fofo. Mas é engraçado como mudar de perspectiva muda o modo de ver as coisas. Ele parece pequeno, mas experimentem ajudar na arrumação. Deus, que apartamento gigante!!!

3- Sarita doente, com febre e gripada no dia do jogo do Flamengo (o famigerado que terminou na vitória do Cruzeiro). Marido fez o almoço (ou parte dele) enquanto eu ficava jogada no sofá vendo televisão.

4- Ser soterrada de trabalho depois de voltar de viagem não estava nos meus planos para o mês de novembro, mas enfim... Vamos ver a super-Sarita em ação! =)

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Aviso que estou sem paciência. Nenhuma. Ao menos pra escrever.

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Caju, você poderia por favor disponibilizar as fotos do casório ou é pedir muito? rs

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"The rest is silence." (Hamlet, William Shakespeare)

quinta-feira, novembro 01, 2007

Noticias recentes

Well well well...
Sao 11h14 em Buenos Aires e 12h14 no Brasil.

E eu preciso urgentemente fazer um curso de espanhol...

Em breve, as fotos mais bizarras serao publicadas. Fotos que somente eu seria louca o suficiente para manter na memória da máquina.

(Aviso logo que o teclado daqui nao tem til. Ué, perguntarao voces, mas e o til que eles colocam em cima do "n"? Pois é, chicos, tem uma tecla pra isso: ñ. Paciencia. Leiam sem til e sem circunflexo. Voces sao capazes. Lmeberm que o que ipmotra sao a pireirma e a utlmia lreats... rs)

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Mas eu nunca tive tanto problema pra me comunicar como nesses dias. Estava quase falando em ingles pra que as pessoas me entendessem. Ou melhor, "quase", nao. Eu efetivamente falei em ingles com pessoas no hotel. Pessoas que falavam em espanhol.
E obviamente as palavras quase saíam em portugues, em frances, em italiano.. tudo, menos espanhol.

Nao sei, Sarita, pode ser porque VOCE NAO SABE ESSA LINGUA, NÉ?
Talvez... =)