terça-feira, junho 12, 2007

Hoje foi o dia da loucura telefônica.
Comecemos então.


1) Brigando com o telefone

- Jurídico.
- Oi, meu amor. Parabéns!
- Ué, parabéns por quê? Ahhhhh é mesmo!
- Caramba... eita cabecinha...
- Ah mas eu não esqueci que hoje é dia dos namorados.. eu esqueci que hoje é dia 12! Se eu lembrasse que era dia 12, saberia que é dia dos namorados.
- Hum.. tudo bem?
- Tudo, e você?
- Tudo bem. Tá ocupada?
- Mais ou menos. E você?
- Eu tô sjhgaroufhqhnfwn fclwfr porque iqgeijuweghfiuqfwc.
- Ahn??
- uqhwuerfhorwfhowifc
- Cris... eu não tô te ouvindo...
- Eu oiqhrjoifhjrpf celular.
- Tá. Beijo.


2) Saritas

- Jurídico.
- Por favor, posso falar com a Sarita? (com um forte sotaque espanhol)
- É ela.
- Sarita, é a Patrícia, não sei se você lembra de mim, eu vendo pulseiras, colares, brincos...
- Olha, eu acho que você está falando com a Sarita errada, porque não sou eu...
- Ai, meu Deus.. tudo bem, desculpa.

(20min depois)

- Jurídico.
- Sarita?
- É ela.
- Oi, desculpa, sou eu de novo. Tem certeza que não é você que comprava os brincos e colares comigo? (o mesmo sotaque espanhol)
- Tenho. Olha só, eu posso ver o telefone da outra Sarita e te dizer.
- Ah obrigada.
(A ligação cai, ela liga de novo, eu digo o número, ela anota)
- Mas essa Sarita, ela é de Logística?
- Não, ela é de TI.
- Ah, eu vou ligar para ela. Obrigada, viu?
- Nada...


3) Crianças no telefone

- Jurídico.
- Alô, quem tá falando? (voz de criança)
- Sarita.
- Oi, você tem avó?
- Não entendi.
- Você conhece minha avó Deinha?
- Não.
- Qual é o nome da sua mãe?
- Porque você quer saber?
- Pra ver se ela conhece minha avó.
- Qual é o seu nome?
- Beatriz. Espera aí, tá? Não desliga não, hein.
(vozes ao fundo: "Vô, telefone pra você!" "Beatriz, você tá brincando com esse telefone de novo, menina? Desliga isso!" "Mas tem uma moça aqui...")
- Alô, quer falar com quem? (voz masculina)
- Eu não quero não, foi ela que me ligou...
- Ah, a senhora me desculpa... "Beatriz, você fica brincando com o telefone, menina!" A senhora pode deixar que eu vou dar um corretivo nela.
- Não tem problema não, pode deixar, não me atrapalhou...
- Ah, desculpa, tá?
- Tudo bem.. Tchau.

Ufa.

Tudo isso no mesmo dia em que eu tenho um trabalho da pós pra 5a feira, um parecer complicadíssimo, outro parecer delicadíssimo e meu chefe me mandando cada vez mais coisas porque eu sou uma advogada muito eficiente que termina tudo antes do prazo.
Conclusão: são 18h30 e eu ainda estou aqui.
Postando, porque depois desse telefonem da menina, ninguém merece...

3 comentários:

Cristiano disse...

Liga não, o prêmio pra quem é bom é sempre receber mais trabalho. Você vira confiável, então todos querem que você faça. Já tenho até atribuição nova na Intercon, vou montar a programação de cursos e o acompanhamento de toda a gerência, porque eu já fiz isso pra minha coordenação e como eu fiz mestrado conheço um pouquinho melhor dos cursos. Em tese...
E no que depender do Gilberto todo o trabalho aqui que tiver que chamar alguém da Intercon essa pessoa serei eu... Ele quer até que eu venha ser gerente no lugar dele quando ele entrar de férias... E depois que ele for embora... Mas aí já não depende mais de mim...

Beijinho.

Anônimo disse...

1. Tire o telefone do gancho.
2. Procure sua avó.
3. Será que sua mãe conhece a sua avó?
4. Se vc tinha tanta coisa para fazer, pq parou para escrever este post?

Anônimo disse...

Ué, se eu tivesse sido "vítima" de um trote desses, eu também teria parado pra escrever esse post. Fala sério, né?