quinta-feira, fevereiro 07, 2008

Cinzas na 4a feira

Bem, passeios bizarros pedem narrativas idem. Vamos a ela.

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A idéia era ir para Ilha Grande passar o Carnaval lá, voltando na 4a feira de manhã, ou seja, com tempo suficiente para desfazer as malas, descansar e trabalhar na 5a.

Pegamos a estrada por volta de 18h de 6a feira. Eu, Cris de motorista, Angela, Bruno e Lucas (amigos do Cris aqui do trabalho). Todos emocionados, animados, no ar condicionado, até que a Rio-Santos parou. Parou. Começamos a fazer contagem regressiva. 20h30. A última barca sai de Mangaratiba às 22h. Dá tempo. 21h. A última barca sai de Mangaratiba às 22h. É, acho que dá tempo... 21h30, quebra-molas em Mangaratiba. A última barca sai às 22h... 21h50, procura o estacionamento da dona Nelma, a última barca... Entra em rua, sai em rua, pára por causa do bloco, retorna, espera o carro manobrar, desce ladeira, pede informações, moça correndo pra mostrar o caminho, pára o carro, paga. A barca apita. 22h. Pega mala, mochila, bolsa. Corre. A barca apita.
Passa bloco. "Pra que correr? Correr pra quê?", cantam os foliões, enquanto corremos destranbelhadamente pelas ruas de Mangaratiba em direção ao cais. E eu numa dúvida cruel: corro, respiro ou rio da música do bloco?
Quando finalmente conseguimos ver o cais, a barca está saindo. A solução foi pegar uma escuna qualquer que estivesse indo pra Abraão (a terra do famoso pirata Abraham Cooke) e enfrentar o mar de noite. Dramin, coragem e coca-cola em doses elevadas na corrente sanguínea, partimos. Para chegar em Ilha Grande quase uma hora da manhã, com 37,5ºC de febre, e dormir.

Sábado de carnaval, acordo às 9h da manhã. Com febre. 39ºC. Um sol de rachar do lado de fora. Tomei dipirona, descansei mais um pouco e enfrentei a febre pra ir à praia. O ato mais inteligente do carnaval, considerando que o sábado foi o único dia de sol.

No domingo, escuna + trilha pra ir para Lopes Mendes (a praia mais bonita do Brasil, dizem). Mesmo sem sol dava pra ver o fundo do mar. Sem máscara.

A máscara e o snorkel só foram efetivamente usados na 3a feira, no meio da chuva, um solzinho de nada que tentou sair e não conseguiu. Galera no barco de mergulho, equipamentos a postos, e o barco enguiçando. No meio da baía. Sarita enjoando, Sarita com frio. Mas Sarita mergulhou e viu peixinhos, estrelas do mar, ouriços!!! (Sim, algo bem infantil.)

Confesso que por mim eu ficaria lá na praia até hoje, com máscara de mergulho, snorkel e nadadeira, olhando praquilo tudo.

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(Nunca mais vou entrar no mar do mesmo jeito, minha mãe. Com sua licença... muito obrigada!)

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Ahhh a volta.
Enjôo na escuna, cargueiros no mar, engarrafamento de 7h na estrada.
Isso considerando que em certo ponto da Rio-Santos, o carro parado, desligado, resolvemos seguir as indicações de um popular e cortar caminho no meio da lama, do barro, da água. Chegamos em Itaguaí, pegamos Av. Brasil e fomos embora. Jesus... Graças a Deus pelo ar condicionado.

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(E eu agora pensando: cara, que post inútil!)

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