sábado, fevereiro 03, 2007

Alguns livros são tão multifacetados que permitem amplas interpretações dependendo da época da vida que você lê.
Isso aconteceu muito com o Mágico de Oz. Eu vi o filme quando era criança, depois li o livro, mas nunca achei nada de extraordinário na história da menina que é carregada por um tornado, vai parar em uma terra distante e é ajudada por um espantalho, um leão e um homem de lata a voltar pra casa depois de derrotar uma bruxa.
Sempre achei meio óbvio, estilo Chapeuzinho Vermelho, Cinderela e tantas outras histórias de batalha entre o bem e o mal com criancinhas e criaturas estranhas.

Depois de algum tempo (anos após aprender que existe algo chamado metáfora) eu fui percebendo a sutileza. Como Alice no país das maravilhas. Nada é o que parece.
O Mágico de Oz não é mais uma historinha de criança. Assim como Chapeuzinho Vermelho não é.

O personagem que eu mais gostava - mesmo sem entender muito o motivo - era o homem de lata. Ainda é. Alguém que tem um coração maior do que todos e o usa, ainda que nunca o tenha encontrado. E que corra um risco enorme de acabar machucado no final.

Pra quem ainda não viu. Boa diversão. E não chorem.


2 comentários:

Anônimo disse...

Que triste, o homem de lata era apaixonado pela Dorothy?

Anônimo disse...

E essa m'usica 'e tao facil que se duvidar eu consigo tocar na guitarra!!! hahahaha