quinta-feira, outubro 25, 2007

Ah, lagartixa...

Lembram que eu falei da lagartixa?
Pois é.
Acho que foi um sinal divino de que eu seria perseguida incessantemente por nuvens de insetos (ou "nuvem" é só pra gafanhoto? hum..).

Primeiro tivemos uma rainha-formiga, buscando onde colocar seu novo reino. Onde? Aparentemente eu seria uma boa indicação, porque ela resolveu me utilizar como meio de transporte. Pousou em meu braço quando eu saía de casa e não levantou vôo por nada no mundo, exceto quando eu ameacei aparar suas asas com um tapa.

Ainda na minha rua, descubro uma joaninha no guarda-chuva - daquelas joaninhas amarelas, não das vermelhas, clássicas (porque tudo comigo tem que ser diferente, obviamente). Ela passeou tranquilamente e ficou me olhando enquanto eu a soprava. Sumiu em pleno vôo e eu continuei.

Peguei o ônibus, sentei no lado da janela, feliz da vida. Pensando nas coincidências, nos insetos que resolveram me perseguir, lembrando da lagartixa petrificada na minha casa.

Olhei para o lado e o que vejo na camisa do garoto sentado do meu lado? A rainha-formiga! Sim, ela!
Levantou vôo, passeou por uns instantes na minha frente e pousou. Ao meu lado, na janela.

Eu fiquei tensa, absurdamente tensa, estranhamente tensa.
Olhei para a formiga-rainha (rainha-formiga, sei lá) e senti-me ameaçada. Ela esfregava as patas e me olhada, andando em minha direção e batendo as asas suavemente.

Confessou que matei-a com uma caixinha de clipes que estava na minha bolsa. Seus restos mortais ainda estão na caixa, no chão do ônibus e na janela.
Um formigueiro a menos no mundo.
E me senti culpada por isso.

Tudo pra depois olhar pro lado e descobrir um mosquito (sim, um mosquito) pousado na janela, e vê-lo dando voltas em torno de mim!
Senhor, cadê a bendita lagartixa???

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