sexta-feira, março 21, 2008

De volta ao batente, lépida e fagueira

Vou colocar os fatos em ordem cronológica e limitar-me-ei (com mesóclise e tudo) a só comentar o que precisar ser comentado. Tem coisas que falam por si só...

Preliminarmente, esclareço, para quem ainda não sabe: eu e meu mui digno esposo fomos para Maceió passar 10 dias de preguiça, praia e frutos do mar.
Como toda viagem minha tem percalços (e os 3 leitores assíduos deste blog sabem disso de cadeira, poltrona de avião e banco de ônibus), essa não poderia ser diferente. Percalços, sim. Tropeços, com certeza. Tudo sem perder o charme típico desta carioca, flamenguista e possuidora do gadget mais interessante já inventado: o palm.

1- O vôo saiu do Rio por volta de 1h da madrugada, com chegada prevista em Maceió às 5h. Chegamos no hotel 5h30.
Pergunta: para que horas estava marcado nosso check-in?
Resposta: 12h. 12h = meio-dia, não meia-noite.
Conclusão: Fomos para outro hotel e lá ficamos até meio-=dia, dormindo. Porque, é claro, o nosso hotel estava lotado.

2- Em Maceió você pode até tentar atravessar a rua enlouquecidamente como os cariocas, mas não conseguirá. Ao verem você tentando se matar, os motoristas irão parar e permitirão sua travessia incólume e envergonhada.

3- Está sendo realizado o evento mais esperado por todas as meninas vencedoras do concurso de miss nas cidades alagoanas: a eleição da Miss Alagoas. Com direito a passeio à capital para sessão de fotos no monumento em homenagem a Teotônio Vilela.

4- Essa é para os advogados: qual é o princípio mais importante?
Não sabe? Pois os estudantes de direito de Alagoas já escolheram o seu top-3: contraditório, ampla defesa e dignidade da pessoa humana. Esqueçam os outros, esqueçam a ponderação, esqueçam toda e qualquer teoria que tentou explicar que os princípios possuirão valores diferentes dependendo do caso concreto. Esqueçam o caso concreto! São esses. E ponto.

5- Impressionante. No vôo de ida o avião foi invadido em Sergipe (sim, tivemos escala em Aracaju, por quê? Não pode?) por participantes dos Jogos Petrobras. Eu não sei não, mas pensava que já tivesse acabado...

6- Sou criativo. Quero criar um nome pra minha loja de sapatos. Hum... que tal... "Sapato's"? Perfeito!
Agora... preciso criar um slogan... Hum... "Sapatos é na Sapato's"? Perfeito também!
(Não, eu não digitei errado. REALMENTE.)

7- Eu e o mui digno esposo fomos passear na foz do Sao Francisco que em algum tempo deixará de existir graças a transposição das águas. Então, com a consciência de vermos um fenômeno em extinção, passeamos nas dunas, vimos o encontro com as águas do mar, tomamos banho no rio e tiramos fotos. Perfeito. No retorno ao barco, Cristiano percebe que está sem óculos. Desce do barco, volta pra areia, pricura óculos, pergunta, nada. Solução: comprar lentes de contato. Quase 3oo$ por causa de um passeio ecológico. Malditos turistas e suas invenções...

8- Óbivo que algo mais ia dar errado. Voltando do shopping (sim, tem shopping em Maceió, com cinema Severiano Ribeiro onde assistimos "10.000 a.C.") depois de comprar a lente, descobrimos já no restaurante (chamada "Água doce".. hum...) que a máquina estava, coitada, sozinha dentro do táxi. E que o táxi já tinha ido embora. Cristiano pensa, coloca as mãos na cabeça, usa uns 2 palavrões que eu não conhecia, e anda de um lado para outro até eu ter a brilhante idéia de voltar ao shopping e falar com alguém da cooperativa. Passa rádio pra central, central fala com os táxis, Cristiano anda, Sarita toma sorvete. Em 30min retorna a camera, nas mãos do motorista de táxi. E recuperam-se, assim, ao mesmo tempo, o bom humor do marido, a calma da esposa e as 200 fotos tiradas em 3 dias de viagem.

9- Lembrei o que eu tenho contra paulista. Além de sem educação quando em bando e viajando, eles desdenham dos locais e se acham os reis da cocada-preta. Sorte minha que não tinha cocada preta lá. Ou sorte deles, porque eu fiquei tolerância -20 no dia que por infelicidade dividimos a van da empresa de turismo com 4 casais paulistas. Sim, minha querida, 4, daqueles que você gosta, no ponto! Como eu gosto de ser carioca...

10- Ainda tive que aturar gozação na orla porque estávamos com a camisa do Flamengo depois do desastre contra o Botafogo... Oras! O dinheiro não é meu? O corpo também? Então, carambolas...

11- Mergulho em Maragogi. Sarita, de snorkel e máscara, encontra um coral "coral", não "branco". Sarita resolve mergulhar para ver melhor. Sarita utiliza a técnica ensinada por Ivo, companheiro em sua empregadora: deitada, jogue o quadril para cima e depois levante as pernas; o corpo vai descer com velocidade. Sarita não controla direito o "levante as pernas" e quase dá uma cambalhota dentro dágua. O primeiro caso de cambalhota subaquática resultando em afogamento e na morte de um coral em formação no meio de uma APA (é, Leandro... ambiental colou de vez, rapaz..).

12- Em Maragogi vende-se o licor "Control". Se você ler com sotaque francês vai entender, meu caro. Vai por mim...

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Agora vamos à reclamação.

Impor ditadura aqui significa que EU escrevo o que EU quero quando EU quero. A contrario sensu quer dizer que se eu NAO quiser escrever, eu NAO escrevo. O máximo que vocês 3 podem fazer é lançar o protesto, mas não invocar um suposto direito criado por uma suposta ditadura.

Meu regime ditatorial é simples: vocês lêem, e só. E ai de vocês 3 se resolverem parar de ler.
Humpf.

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Leandro, atualizar o blog quando nada acontece é difícil. Mais difícil ainda é atualizar o blog quando você não levou o notebook pra viagem, o hotel cobra horrores pela navegação e deixa um único pc pra toda uma multidão de hóspedes...

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O mundo divide-se em dois grupos: os que amam o Flamengo e os que odeiam o Flamengo. Estes dividem-se em outros dois grupos: os que odeiam o Flamengo por ele ser o Flamengo e os que odeiam o Flamengo por ele não ser o seu time.

Ódio gratuito demonstra uma total falta de amor próprio. Meu caro, redirecione sua vida!
E o ódio causado por amor a outro time demonstra falta de consiciência de um dos fatos mais corriqueiros da vida: um dia a gente ganha, no outro a gente ganha também. "My apologies for any grief this may have caused you. Fortune passes everywhere." (Farad'n, Frank Herbert`s Children of Dune)

Sayonara.

6 comentários:

Anônimo disse...

Que eu saiba tbmb tem Sapato's no RJ.

Só eu acho Palm algo muito anos 80?
Se atualiza! rs...

Anônimo disse...

Que eu saiba tbmb tem Sapato's no RJ.

Só eu acho Palm algo muito anos 80?
Se atualiza! rs...

Anônimo disse...

Nao me lembro de ter dito que o palm é um gadget atual. Considerando que ele carrega meus livros (valeu, Thiago!), tem calculadora, player, paciencia, o que mais eu preciso?
Alem do mais, foi ele que me permitiu anotar tudo para nao esquecer dos detalhes...

Anônimo disse...

Nao me lembro de ter dito que o palm é um gadget atual. Considerando que ele carrega meus livros (valeu, Thiago!), tem calculadora, player, paciencia, o que mais eu preciso?
Alem do mais, foi ele que me permitiu anotar tudo para nao esquecer dos detalhes...

Anônimo disse...

tú é maluca garota!

=D

Anônimo disse...

1. Larga as malas no hotel e vai passear. Prática natural no turismo, mesmo em Maceió.
2. Imagino o que devem ser as emoções fortes que o povo de AL vive... Nem atravessar a rua dá friozinho na barriga.
3. No comments.
4. Really no comments.
5. Less than really no comments.
6. Superlative of less than really no comments.
7. Enphatic superlative of less than really no comments.
8. Tsc, tsc, tsc. Mas eu quero ver as fotos depois.
9. Mas é engraçado ver que zoá-los é fácil e eles caem na pilha facim, facim...
10. Na minha mão, eles iam sofrer...
11. Essa eu pagava um mês de salário para assistir e mais um mês para fotografar.
12. Again no comments.

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Eu não reclamei de vc não atualizar seu blog. Só reclamei de vc não me mandar o trabalho. Aliás, onde estão (você e o trabalho)?

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Férias mesmo, hein? Sem notebook...