terça-feira, agosto 28, 2007

Insólito demais pra ser verdade.

Cheguei cedo na Petrobras, fui pro jardim tomar café com João, o estagiário louco. Conversamos até quase 8h30. Poucas pessoas tinham chegado. Uma 3a feira com cara de 6a, mas eu jurava que já era 4a.Passei a manhã toda chamando pessoas para irem hoje a um jogo que só acontecerá amanhã.

13h, resolvo tirar minha hora de almoço. Onde? Na fila do Maraca. Pagando meia. A minha meia e as inteiras de muitas outras pessoas. Eu, Leandro e João, o estagiário maluco.
Volto para a Petrobras quase 15h. Uma hora a menos no meu banco de horas, um ingresso a mais na bolsa e planos audaciosos para amanhã (qual roupa, qual calçado, que horas, quem, onde). Amanhã terei plantão. Ou hoje, segundo meu calendário pessoal e enlouquecido...

E então, em um bota-fora particularíssimo (VIPs only), eu e Pedro passamos o resto da tarde trocando telefonemas. O objetivo era saber se afinal de contas o centro da cidade recepcionaria ambos ou não.

A chuva tentou, a chuva se esforçou, mas a chuva não conseguiu.
Depois de ir até o Edita (o Torre Almirante) pegar "V de Vingança" (a graphic novel, não o filme), combinamos de ir até o McDonald's da São José esperar a chuva passar e o trânsito melhorar.

Eu peço um BigMac pra não perder o hábito e nos sentamos para conversar. Papo vai, papo vem, falamos sobre Anatel, Petrobras, lei 8666/93, e eu analiso meu presente de aniversário atrasado (o que vale é a intenção, oras!), a ser lido brevemente (Pantaleão e as visitadoras, quando percebo uma sombra se esgueirando rapidamente pelo chão.
Não era uma sombra. Era um rato. Um rato enorme. Gigantsco. Cerca de 20cm de velocidade, sem contar a cauda.
Pessoas levantam-se assustadas, mulheres dão gritinhos, um trabalhador-braçal-mão-de-obra-escrava do McDonald's olha com ar incrédulo. O gerente chega e começa a chutar os móveis, na esperança que o rato saísse de seu esconderijo e pulasse nas pernas desavisadas que continuavam subindo as escadas tranquilamente.
"Mas peraí! Ele quer MESMO tirar o rato do esconderijo dele AGORA?"
Eu não sei o que ele queria. Sei que ouvimos guinchos do pobre animal acuado, e nem eu, nem Pedro, quisemos esperar pelo desfecho. Praticamente escorreguei escada abaixo (já imaginando o rato atrás de mim, fugindo dos bicos do gerente) até chegar na rua.

As ruas molhadas, enlameadas, sujas e escuras do centro do Rio de Janeiro nunca me pareceram tão amistosas. Ao menos nelas eu teria pra onde correr. Ou poderia dar um bico eu mesma no bicho. Isso se ele se atrevesse a correr na minha direção.

Fracos, T. Fracos...
Não eu. Todos os outros.

2 comentários:

Anônimo disse...

Gostei do graphic novel! Qdo nós enriquecemos o nosso vocabulário, temos que gastar as expressões novas sem dó nem piedade!

Mas até que eu achei a reação ao rato comedida, pelo menos, eu achei que um rato em uma lanchonete fosse causar uma comoção maior que a de ontem (viu?... meu vocabulário tb tá um esculacho).

Uma vez eu tava tendo aula lá no glioche e apareceu uma barata (acho que vc tava nessa aula tb, não tava?). Foi um pandemônio (eu engoli o dicionário!!!)!!!! Umas quinhentas meninas histéricas berrando ao mesmo tempo até aparcere uma boa alma para matar a pobre barata.

Qdo eu falei ontem que se fosse uma barata seria pior, vc discordou de mim e acabou que eu não me justifiquei. Eu quis dizer que teria sido pior se fosse uma barata voadora... baratas voadoras são uma ameaça maior pq elas se deslocam em tres dimensões. Os ratos se deslocam em apenas duas. Logo, mesmo o rato oferecendo maior ameaça a saude das pessoas, uma barata voadora assusta muito mais!

É isso.

Anônimo disse...

Eu tenho pavor de baratas voadoras.
Um dia eu matei uma jogando um pano em cima dela para que ela caísse no chão e depois pisoteando o pano até ter certeza que ela morreria. =)