sexta-feira, março 16, 2007

Amor platônico

Filosoficamente, pode ser definido como o mais belo e supremo amor possível de ser sentido por um ser humano.
Psiquiatricamente (ou psicologicamente) trata-se de uma fantasia.

A maioria das pessoas normais possui fantasias. A maioria das pessoas normais, em pensamento, trai seus parceiros.
Não pretendo falar sobre a impropriedade destes pensamentos, a fidelidade mesmo em sonhos ou a necessidade de abrir o jogo e contar tudo.
Pensar ainda é permitido de forma irrestrita. Não se presta conta aos outros do que se pensa, mas apenas a si mesmo.

Talvez isso seja ainda pior. Pior do que explicar-se para alguém é justificar-se para si mesmo, buscar alternativas, explicações, respostas possíveis, soluções, e fugir de todos os "mas...", "não é bem assim..." e "olha só..." que passam pela cabeça.

Pensar em outra pessoa causa, sim, sentimento de culpa. Ou não. Tudo é muito relativo.

Na verdade eu acho que depende do nível de realidade imposta ao fato. Por exemplo: descobrir que me sinto assim por um amigo de um amigo é diferente de sentir-se assim por um colega de trabalho. A probabilidade de complicar o relacionamento no trabalho é pior, muito pior. Eu posso começar a persegui-lo sem perceber, posso começar a mandar e-mails sem perceber quantos e-mails mando, posso começar a visitá-lo com mais frequencia do que ele gostaria. Com um amigo de um amigo, o contato costuma ser reduzido; não tem como eu fazer nada disso, na pior das hipóteses ele me acharia atirada ou tímida demais...

Por que tudo isso? Por nada...
Andei pensando nas implicações do tal amor platônico. E descobri que pode fazer mal, muito mal.

Mas pode fazer bem também. Quase todo mundo gosta de sentir aquele frio na barriga, o medo da aproximação e, principalmente, o medo do contato. Medo. Essa é a palavra-chave. Te deixa alerta e ansioso por acordar.

Tenham uma boa vida, meus caros.
Este blog se retira, até segunda ordem.

E eu ainda amo vocês. =)

2 comentários:

Cristiano disse...

Pq vc vai abandonar o blog de novo?

Anônimo disse...

eu nao vou abandonar o blog. eu vou parar de escrever com tanta frequencia, so isso.