Viver em comunidade implica em muitas vezes você abrir mão do que realmente quer por algo que beneficiará a maioria. É o "bem da tribo". Mais ou menos como os kamikazes: o bem-estar de um não é mais importante que o bem-estar da maioria.
Esse princípio, no entanto, costuma ser compreendido como a total e completa anulação do indivíduo em prol do bem maior. Deixo de ser EU para me tornar PARTE. Deixo de ser Sarita para me tornar a advogada da Petrobras, o membro da família, a amiga do grupo, a aluna no curso.
E nessa confusão de partes, eu descubro que o que eu mais quero nesse momento não é exatamente o que todos esperam de mim. Descubro que um pedacinho egoísta grita "vai, anda! fala! diz logo! o tempo tá passando!", enquanto eu sussurro em seu ouvido "é pelo bem maior, é pelo bem da tribo, fica quietinha...".
Se eu não conseguir calá-la a tempo, terei problemas. Melhor sufocá-la com um travesseiro quando ela estiver dormindo. Pena que ela não dorme...
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2 comentários:
Usa um critério bem objetivo, metade vc fala metade não.
A não ser pelo último parágrafo, faço minhas as suas palavras!
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