segunda-feira, janeiro 28, 2008

Humpf de novo.

"Blog anda meio parado"

Como assim? Um completo desconhecido questionando minha vontade de atualizar o blog? E se eu simplesmente não tiver nada pra falar? E se eu não quiser falar sobre nada? E se nada tiver acontecido? Humpf.

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Tá, eu confesso. Isso é mentira. Muita coisa aconteceu. Mas o fato de eu não ter internet banda larga em casa (vocês lembram o barulhinho do modem discando? pois é.. eu não só lembro como ouço...) me impede de atualizar com a frequencia desejada por mim e pelo 8k2p (que aparentemente é leitor assíduo do blog, assíduo, anônimo e agora reclamão).

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A Constituição permite que pessoas utilizem o anonimato, mas não pra criticar abertamente. Como o meu blog não é uma democracia e possui regras próprias que só eu conheço, defenderei o direito que meus leitores têm de criticar única e exclusivamente o conteúdo. Ao menos por enquanto.

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As novidades. Vamos a elas.

1- Conexão 3g a caminho. Tive que apelar. Nada de Velox, nada de Virtua, nada de nada. Só o bom e velho (??) modem de 56k com seus barulhinhos inconfundíveis (o barulhinho de discagem completa, o barulhinho de erro no modem, o barulhinho de erro no computador remoto...).

2- Notebook a caminho. Em processo de escolha. HDD 120, 2056 RAM, 14", geforce, coisas que experts diriam "pra quê? voce não vai usar isso tudo!". Peraí: o notebook é meu, eu coloco nele as inutilidades que eu quiser, oras! Se eu posso ter um hd de 120, pq eu teria um de 80? O mesmo se aplica à memória... Meu notebook! Meu! MEU!

3- Jurídico de TI atuando a toda. Impressionante. A única área que requer um pouco do conhecimento técnico que eu tenho. Eu sabia que não seria inútil prestar atenção quando estivessem consertando meu pc e que valeria a pena as perguntas idiotas que eu fiz com a maior cara de inocente há alguns anos... (Aliás, obrigada por isso!)

4- Aula de francês mais ou menos engatilhada. Estudando para fazer a prova de nivelamento no próximo mês. Preciso de algo além do inglês, né?

5- Got a friend to talk in english. A very patient friend with a fluffy accent. The one that makes u smile and just watch, the one that makes you wonder how long you could make him go on talking. The funny part is that i realized that even the pitches in voice change when we change the language... Hmm.

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Realmente. Nada aconteceu na minha vida desde a última atualização...
Tá vendo porque eu não escrevi antes, 8k2p? =P

terça-feira, janeiro 15, 2008

Ai ai...

Apenas mais uma de amor - Lulu Santos

Eu gosto tanto de você
Que até prefiro esconder
Deixo assim ficar
Subentendido
Como uma idéia que existe na cabeça
E não tem a menor obrigação de acontecer

Eu acho tão bonito
Isto de ser abstrato baby
A beleza mesmo tão fugaz
É uma idéia que existe na cabeça
E não tem a menor pretensão de acontecer

Pode até parecer fraqueza
Pois que seja fraqueza então,A
alegria que me dá
Isso vai sem eu dizer

Se amanhã não for nada disso
Caberá só a mim esquecer
(E eu vou sobreviver...)
O que eu ganho, o que eu perco
Ninguém precisa saber

segunda-feira, janeiro 14, 2008

Bah...

Já me conformei que este blog tem visitantes misteriosos que não deixam mensagem. Então escrevo para eles.

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Primeiro, um pedido de desculpas público (que não será lido pelos destinatários a não ser que eu envie esse link pra eles) acompanhado de uma explicação preliminar.

João definiu bem em meados de 2007 qual é o meu problema com as pessoas. Chama-se "amizade de temporada". Eu não faço amigos. As pessoas me procuram e me toleram por algum tempo, até o dia em que elas começam a desconfiar que eu não dou importância a elas.

Não é verdade. Eu me importo mais do que demonstro, eu gosto mais do que parece.

Então, Marcela, desculpa ter sumido. Ainda sou sua fã, ainda gosto de você, ainda agradeço ter segurado minha onda nas manhãs sombrias de FND quando tudo parecia perdido, ainda tenho o livro que você me deu com dedicatória e ainda lembro de você sempre que ouço U2. Mas eu sou sim uma péssima amiga, daquelas que somem sem deixar vestígios, que não ligam, que parecem não ter nunca existido.

E Thadeu, eu te chamei sim. O convite não chegou e eu não pensei em ligar pra confirmar. Mas deveria ter pensado nisso no momento em que a primeira pessoa disse não ter recebido. Não fique chateado comigo, não me odeie e da próxima vez que vier no Rio, por favor me avise! Nem que seja pra eu me explicar pessoalmente, já que eu tenho escrito tão mal que a possibilidade de você não entender é muito grande...

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Aproxima-se a primeira crise de 2008...

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ME, amigo desnaturado, boa viagem. =)

quarta-feira, janeiro 09, 2008

Retrospectiva 2007

Em fotos, imagens "et coetera" e fora de ordem. Mas ainda falta muuuuita coisa...

Julho


Junho



Sempre


Junho


Agosto






Junho


Outubro



Maio




Setembro




Outubro



Dezembro

sexta-feira, janeiro 04, 2008

Agulha

Um Apólogo - Machado de Assis

Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de linha:

— Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda enrolada, para fingir que vale alguma cousa neste mundo?

— Deixe-me, senhora.

— Que a deixe? Que a deixe, por quê? Porque lhe digo que está com um ar insuportável? Repito que sim, e falarei sempre que me der na cabeça.

— Que cabeça, senhora? A senhora não é alfinete, é agulha. Agulha não tem cabeça. Que lhe importa o meu ar? Cada qual tem o ar que Deus lhe deu. Importe-se com a sua vida e deixe a dos outros.

— Mas você é orgulhosa.

— Decerto que sou.

— Mas por quê?

— É boa! Porque coso. Então os vestidos e enfeites de nossa ama, quem é que os cose, senão eu?

— Você? Esta agora é melhor. Você é que os cose? Você ignora que quem os cose sou eu e muito eu?

— Você fura o pano, nada mais; eu é que coso, prendo um pedaço ao outro, dou feição aos babados...

— Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou adiante, puxando por você, que vem atrás obedecendo ao que eu faço e mando...

— Também os batedores vão adiante do imperador.

— Você é imperador?

— Não digo isso. Mas a verdade é que você faz um papel subalterno, indo adiante; vai só mostrando o caminho, vai fazendo o trabalho obscuro e ínfimo. Eu é que prendo, ligo, ajunto...

Estavam nisto, quando a costureira chegou à casa da baronesa. Não sei se disse que isto se passava em casa de uma baronesa, que tinha a modista ao pé de si, para não andar atrás dela. Chegou a costureira, pegou do pano, pegou da agulha, pegou da linha, enfiou a linha na agulha, e entrou a coser. Uma e outra iam andando orgulhosas, pelo pano adiante, que era a melhor das sedas, entre os dedos da costureira, ágeis como os galgos de Diana — para dar a isto uma cor poética. E dizia a agulha:

— Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pouco? Não repara que esta distinta costureira só se importa comigo; eu é que vou aqui entre os dedos dela, unidinha a eles, furando abaixo e acima...

A linha não respondia; ia andando. Buraco aberto pela agulha era logo enchido por ela, silenciosa e ativa, como quem sabe o que faz, e não está para ouvir palavras loucas. A agulha, vendo que ela não lhe dava resposta, calou-se também, e foi andando. E era tudo silêncio na saleta de costura; não se ouvia mais que o plic-plic-plic-plic da agulha no pano. Caindo o sol, a costureira dobrou a costura, para o dia seguinte. Continuou ainda nessa e no outro, até que no quarto acabou a obra, e ficou esperando o baile.

Veio a noite do baile, e a baronesa vestiu-se. A costureira, que a ajudou a vestir-se, levava a agulha espetada no corpinho, para dar algum ponto necessário. E enquanto compunha o vestido da bela dama, e puxava de um lado ou outro, arregaçava daqui ou dali, alisando, abotoando, acolchetando, a linha para mofar da agulha, perguntou-lhe:

— Ora, agora, diga-me, quem é que vai ao baile, no corpo da baronesa, fazendo parte do vestido e da elegância? Quem é que vai dançar com ministros e diplomatas, enquanto você volta para a caixinha da costureira, antes de ir para o balaio das mucamas? Vamos, diga lá.

Parece que a agulha não disse nada; mas um alfinete, de cabeça grande e não menor experiência, murmurou à pobre agulha:

— Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para ela e ela é que vai gozar da vida, enquanto aí ficas na caixinha de costura. Faze como eu, que não abro caminho para ninguém. Onde me espetam, fico.

Contei esta história a um professor de melancolia, que me disse, abanando a cabeça:

— Também eu tenho servido de agulha a muita linha ordinária!


Texto extraído do livro "Para Gostar de Ler - Volume 9 - Contos", Editora Ática - São Paulo, 1984, pág. 59.

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E eu também.

quarta-feira, janeiro 02, 2008

Long time...

Não sei exatamente para quem escrevo, já que a maioria das pessoas que lê efetivamente meu blog (fora os anônimos) já sabe o que aconteceu no meu final de ano. Considerando no entanto que tenho uns amigos desnaturados (sim, é você mesmo) e alguns curiosos de plantão que adoram saber o que eu disse quando pra quem, segue a agenda da última semana.

Na verdade, a agenda não. Só o ponto alto dos quase 03 dias passados em Jaconé com alguns dos melhores amigos do mundo todo. =)

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Madrugada de sábado. Todas as pessoas espalhadas pela casa, algumas na sala, outras no hall do 2o andar. Calor, muito calor. Mosquitos, muitos mosquitos. E poucos ventiladores. E muita gente.
Às 3h da manhã, sem conseguir dormir, eu começo a ouvi8r vozes no andar de baixo. As vozes comentam o mesmo que eu: o calor, os mosquitos, a falta de ventiladores e a consequente insônia. Desço as escadas e me reúno a essas pessoas na busca de algo para fazer. O Clubinho - fase 01 está formado: eu, Léo, Karen e Rayssa.

Na cozinha, preparamos algo para comer, quando chegam os membros do Clubinho - fase 02: caju e Michelle.

A Revolução começa com um simples comentário sobre o luxo do dono da casa, que nos convidou para passar alguns dias lá e limitou-se a oferecer um chão e um teto, além de alguns colchonetes. Ele mesmo estava no quarto dele, na cama dele, com um ventilador de teto só pra ele. Latifúndio improdutivo. Movimento dos Sem Ventilador.

Planejamos tudo nos mínimos detalhes: quem entra primeiro? quem deita onde? não, as meninas com namorado não podem deitar do lado dele se for entrar um de cada vez... mas vai ser agora? espera a Michelle acabar de comer! e se ele reagir de maneira agressiva, a gente sai? nada, a gente fica ! e se ele acordar? qualquer coisa a gente finge que tá dormindo! deita todo mundo e dorme! sem falar nada? é, sem falar nada, todo mundo em silêncio!..

Em 10min estávamos todos de pé, indo em direção ao quarto dele. Abrimos a porta, entramos sorrateiramente e nos deitamos. Nenhuma palavra. Quando ele começou a acordar e a perguntar o que era aquilo, começou a sinfonia de roncos, acompanhados por sonoras gargalhadas.

Não, não dormimos no quarto dele não. Mas angariamos para nossa causa um ventilador e a promessa de melhores condições noturnas para o dia seguinte.. =)

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Brincadeiras à parte, eu ainda te amo, tá, aspira? rs
E obrigada!